Muitos alimentos ricos em gorduras e
óleos estragam-se facilmente por causa da oxidação (particularmente de
óleos insaturados, porque as ligações duplas são muito reativas).
Embora os processos por meio dos quais
essas reações acontecem sejam complexos, podemos dizer que é o oxigênio do ar que provoca reações. Para
evitar que elas ocorram, antioxidantes são frequentemente adicionados
aos alimentos para preservá-los. Antioxidantes são compostos que inibem a
oxidação pelo oxigênio molecular. Compostos fenólicos e derivados da
hidroquinona são especialmente úteis para tal fim.
O uso de antioxidantes para preservar
alimentos não é novo; apenas é novo o entendimento de sua ação química. Temperos e ervas são empregados para ajudar no
armazenamento seguro de alimentos. É interessante notar que muitos
desses materiais naturais têm odor agradável. Especiarias como
cravo, orégano, tomilho, alecrim e sálvia contêm compostos fenólicos,
que, há muito, foram associados com a classe de substâncias que os
químicos denominam aromáticas. O processo de defumação das carnes
fornece antioxidantes para a comida porque formaldeído e compostos
fenólicos são encontrados na fumaça proveniente da madeira.
Antioxidantes também estão presentes nos tecidos animais para prevenir a
oxidação das gorduras naturais no organismo. Há quem considere que o
processo de envelhecimento é acelerado pela oxidação das ligações duplas
naturais.
O oxigênio ao nosso redor não é destrutivo porque as
complexas reações envolvidas nos processos de oxidação não usam
diretamente a substância oxigênio na forma em que ela existe na
atmosfera.
Com isso, os poluentes ambientais são
capazes de iniciar algumas dessas reações, e essa é uma das razões pelas
quais há tanta inquietação acerca da poluição atmosférica.
Disponível em: http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=28&id=741 Acesso em: 19-03-2015 às 16:10.
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